Os desafios atuais da comunicação e os efeitos da pós-pandemia foram debatidos com os comunicadores do sistema
Os comunicadores do Sistema CNDL debateram na tarde de hoje (23) a importância do gerenciamento de crise diante da Covid-19 e o futuro da comunicação no cenário pós-pandemia.
A sócia-diretora da In Press Oficina, Patrícia Marins, e a relações públicas e mestre em Comunicação, Vânia Balbino, foram as convidadas desta terça-feira e analisaram o papel da comunicação na condução segura de reabertura do comércio e da construção de uma nova forma de se relacionar.
“A pandemia foi algo que até a comunidade científica foi pega de surpresa, é um vírus tão letal, que tem ainda a combinação de velocidade de transmissão, e fez com que tivéssemos esse momento sem precedentes. Não temos nenhum histórico de gestão de crise como o que vivemos, não tem literatura sobre como lidar com essa situação. Por isso é tão importante a firmeza na gestão atual da crise. A única coisa que a gente sabe é que as mudanças serão rápidas e os líderes e empresas terão que acompanhar essa velocidade”, afirmou Patrícia Marins.
E destaca “a comunicação tem um papel de protagonista, somos responsáveis por construir reputação e formar legados. Qualquer líder quer olhar essa crise pelo retrovisor e saber que foi assertivo, ágil e responsável. O país é formado pelos pequenos e micro empreendedores. O papel da comunicação é de apoiar a construção desse novo varejo”, completa Marins.
Para Vânia Balbino, a pandemia mostrou a importância da comunicação nas entidades, “temos que ser coerentes, ter responsabilidade de traçar cenários. Eu vejo que a pandemia trouxe um benefício para a comunicação, que se fez entender o tamanho da sua responsabilidade”.
“É importante ouvir as angústias do interlocutor, o impacto das doenças psicossociais irá acompanhar a população pelos próximos 15 anos. Teremos uma onda do comprometimento psicológico das pessoas. As lideranças precisam buscar esse senso de responsabilidade”, afirmou Balbino.
Patrícia Marins destacou ainda a importância de se estabelecer uma liderança para conduzir os comitês de crise.
“Temos um enorme desafio diante da heterogeneidade do varejo, temos um varejo muito diverso. Não existe gestão de crise sem liderança, não podemos esquecer que essa não é uma simples crise, estamos vivendo uma guerra. Outro ponto fundamental é o alinhamento na comunicação. Na guerra, a tática faz a diferença, o alinhamento que você conseguir construir deve ser comunicado. E o primeiro alinhamento é sempre a vida das pessoas. Os protocolos de segurança são a prioridade da comunicação nesse momento”, afirmou Marins.
Vânia Balbino completou “não tem como fugir da complexidade do momento, impossível prever o futuro. Como pode uma realidade tão cruel ainda não ser compreendida por boa parte das pessoas? É muito importante nesse cenário focar na credibilidade e no apoio nessa relação com os públicos diversos”, acrescentou.
