Neste ano, o pagamento à vista será o meio mais utilizado pela maioria dos entrevistados ouvidos (72%), seja em dinheiro (56%) ou no cartão de débito (34%). Os que vão se utilizar de alguma modalidade de crédito somam 56% dos compradores, sendo que o cartão de crédito parcelado lidera, com 36% de menções, seguido do cartão de crédito em parcela única (20%) e do cartão de loja (8%).
Para quem vai dividir o valor da compra em parcelas, a média é de cinco prestações. Isso significa que quem comprar os presentes neste mês de novembro ou dezembro, estará com a renda comprometida com prestações pelo menos até os meses de abril e maio de 2020, respectivamente. Segundo opinião dos próprios entrevistados que irão dividir o pagamento das compras, o parcelamento é a estratégia que 44% dos consumidores usam para conseguir comprar todos os presentes que precisam. Já 33% parcelam para comprar presentes de melhor qualidade. O mesmo percentual de 33% alega que parcela por hábito, mesmo tendo condições financeiras de adquirir os presentes à vista, pois assim garantem sobras no orçamento.
“Dividir as compras em grande quantidade de parcelas sem avaliar o peso no orçamento pode atrapalhar o planejamento para o começo de um novo ano livre das dívidas. Sempre que possível, o ideal é pagar à vista, evitando o endividamento e procurando descontos. Mas, caso seja preciso parcelar, é recomendável restringir o número prestações para diminuir o impacto dessas compras no longo prazo”, orienta o educador financeiro do SPC Brasil, José Vignoli.
86% vão pesquisar preço e internet será principal ferramenta de comparação
Mesmo com a inflação controlada e abaixo da meta oficial, a maioria dos consumidores tem a impressão de que os preços estão maiores em relação ao ano passado. De acordo com a pesquisa, mais da metade (53%) acredita que os valores praticados pelos varejistas subiram neste Natal. Para 33% os valores estão na mesma faixa, enquanto somente 5% acreditam em valores mais baixos.
Na avaliação da economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, a percepção dos brasileiros sobre preços elevado está relacionada à dificuldade para lidar com o orçamento e manter as contas em dia. “A inflação tem se mantido em patamares baixos, mas o aperto financeiro e o desemprego elevado produzem uma avaliação mais negativa. Muitas vezes se desdobrando para honrar seus compromissos, o consumidor sente eu seu dinheiro não é o suficiente para quitar as contas e fica com a impressão de que os produtos e serviços estão custando mais caro, quando na verdade, o problema é a falta de renda”, explica.
Quando falta dinheiro, uma boa estratégia para o orçamento render e garantir todos os presentes é fazer uma pesquisa de preço. O levantamento mostra que esse é um hábito comum para a maioria: 86% dos que vão gastar no Natal pretendem pesquisar preços antes de concluir a compra contra apenas 6% que não veem importância nisso. Na busca por comparar as ofertas, a internet se mostra como a principal aliada, já que 80% vão usar sites e aplicativos para essa tarefa. Há ainda 70% que vão gastar sola de sapato para encontrar boas ofertas, seja caminhando por lojas de rua (45%) ou em estabelecimentos dentro de shopping centers (45%).
Lojas de departamento e internet superam shopping Center e comércio de rua. Roupas permanecem na primeira posição do ranking
Por mais um ano as roupas permanecem na primeira posição do ranking (58%) de produtos mais procurados para presentear no Natal. Em segundo lugar ficaram os brinquedos (40%). Também merecem destaque perfumes e cosméticos (34%), calçados (32%) e acessórios (25%). Livros (17%) e smartphones (14%) completam o ranking.
Na hora de receber os presentes, os mais lembrados serão as mães (48%), cônjuges (46%), filhos (40%) e sobrinhos (24%). No geral, o presente mais caro será destinado, sobretudo, aos filhos (27%) e às mães (23%).
Quanto aos principais centros de compras, a pesquisa mostra que as lojas de departamento mantiveram a dianteira e são a preferência de 41% dos consumidores, empatadas com as lojas on-line, que teve o mesmo percentual. Em terceiro lugar ficaram os shopping centers (37%), seguidos dos shopping populares (24%) e das lojas de rua (22%). De modo geral, considerando os que pretendem realizar compras on-line, 60% de todos os presentes serão comprados pela internet, um aumento de seis pontos percentuais na comparação com 2018.
O preço (54%) e as promoções (45%) figuram como os fatores que mais pesam na escolha do local de compra, segundo os próprios entrevistados. O atendimento também ganha importância, citado por 24%, mesmo percentual de quem destaca a variedade de produtos.