AFederação da Câmara de Dirigentes Lojistas do Estado do Rio de Janeiro (FCDL-RJ) está cobrando ao governador Cláudio Castro que reveja a decretação de feriado no Carnaval em fevereiro, na medida em que não serão realizados desfiles.
Os desfiles foram transferidos para julho, com a sanção da Lei 9.174/20 pelo governador Cláudio Castro, criando o “CarnaRio – Carnaval fora de época”, para estimular o turismo. “O feriado do dia 16 de fevereiro referente ao Carnaval”, explica o presidente da FCDL-RJ, Marcelo Mérida, “perde o sentido na medida em que a festa e os desfiles não ocorrerão”.
O presidente da CDL Itatiaia e Resende, Victor Gonçalves, emitiu nota oficial assinalando que “com a pandemia do novo coronavírus, o Rio de Janeiro e demais as cidades onde ocorrem as principais festas suspenderam ou adiaram os eventos para não causar aglomeração e evitar a proliferação da Covid-19”.
A nota oficial da CDL de Resende observa ainda: “É grande a preocupação com a recuperação da economia no país, machucada por tantos meses de dificuldades devido à pandemia do novo coronavírus, em especial com os empresários de nossa região, que com grandes dificuldades conseguiram manter seus negócios”, lembrando da necessidade se reverter o feriado do Carnaval.
O presidente da CDL de Nova Friburgo, Braulio Rezende, apoia o pedido da FCDL-RJ para que o governo do Estado revogue o feriado da terça-feira, 16 de fevereiro, uma vez que o carnaval de 2021 será adiado em decorrência da pandemia. De acordo com Braulio, não faz sentido manter o feriado neste momento de dificuldades vivido pelo comércio, e sem que a festa aconteça.
“Enfrentamos fechamento das lojas, restrições no funcionamento, queda nas vendas, e agora precisamos, mais do que nunca, trabalhar. Não havendo carnaval, o feriado deve ser suspenso, até por uma questão de coerência. Mais adiante, com a pandemia controlada com a vacinação, teremos tempo para festas e comemorações”, pondera o presidente da CDL de Nova Friburgo.
O presidente da CDL de Nova Iguaçu, Claudio Rosemberg, concorda com o pedido da Federação, Marcelo Mérida, e observa: “Estamos ainda sobre o efeito da pandemia, que fez as vendas diminuírem muito e as empresas estão tendo dificuldade para manter a folha de pagamento de funcionários 100% em dia, sem o auxílio emergencial do Governo Federal, que findou em 2020”.
E, acrescenta Rosemberg da CDL de Nova Iguaçu: “O movimento lojista no Estado do Rio de Janeiro, tem se mantido heroicamente, absorvendo toda essa queda econômica e mantendo empregos de milhares de funcionários com seus salários em dia, com sacrifício incomum, cooperando com o Estado e País, mas precisamos aproveitar o cancelamento do ‘carnaval’ para manter o comercio funcionando e também ter a possibilidade de melhorar nossas vendas”.