Após tombo recorde com pandemia, vendas do comércio crescem 13,9% em maio, diz IBGE
O crescimento de 13,9% nas vendas do comércio varejista, divulgado na última semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que o setor iniciou o seu processo de retomada econômica, avalia o presidente da CNDL, José César da Costa.
“Após o tombo recorde causado pelo fechamento do comércio, os números mostram que o setor tem reagido, a recuperação leva tempo, mas a injeção do auxílio emergencial e dos créditos disponibilizados ao setor devem ajudar no aumento das vendas”, avalia Costa.
Em entrevista à agência de notícias Reuters, na última semana, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que a influência do auxílio emergencial sobre a economia deve durar, pelo menos, até o final do ano, uma vez que os saques não têm sido feitos de uma só vez e, com a decisão do governo de estender o pagamento de R$ 600 a informais e vulneráveis por mais dois meses, há um fluxo pela frente que ainda está por vir.
Para o presidente da CNDL, o setor ainda conta com a melhoria do acesso ao crédito, além da aprovação e do anúncio de novas medidas pelo governo federal.
“O crédito demorou a chegar efetivamente ao empresário, percebemos um olhar do governo para que isso fosse corrigido. O Pronampe finalmente está operando e novas medidas têm sido aprovadas para destravar o crédito, isso vai dar mais fôlego ao setor. A expectativa é de que esse crescimento se mantenha no segundo semestre”, disse Costa.
A reabertura das atividades no país também contribui para as expectativas de retomada do setor. Para o presidente da CNDL, a população está passando por um momento de mudança cultural, onde a segurança será fundamental para que as pessoas voltem a entrar nas lojas para fazer suas compras.
“À medida que a economia vai reabrindo e que as pessoas voltam a circular, a tendência é de que as vendas aumentem. Mas o consumidor precisa se sentir seguro e o varejo tem papel fundamental na construção desse novo modelo de relacionamento entre as pessoas. Os protocolos de segurança precisam ser seguidos por lojistas e pela população para que a retomada seja efetiva. Os desafios continuarão, uma vez que passamos por patamares historicamente baixos, mas a recomposição segura das atividades tem papel fundamental nesse processo de retomada”, afirma José César da Costa.