Um público que não sai das redes sociais, movimenta bastante a economia do país e chama cada vez mais a atenção das marcas são as crianças.
De acordo com o Sebrae, o mercado infantil movimenta R$ 16 bilhões ao ano no Brasil e cresce 14% anualmente. Entre produtos e serviços, os pequenos consumidores movimentam no país um valor ainda mais estratosférico, na faixa de R$ 50 bilhões anuais, e a tendência é que os números sejam cada vez maiores.
Outros números referentes ao público infantil também impressionam. A pesquisa TIC Kids Online Brasil mostra que 20 milhões de crianças e adolescentes, entre 9 e 17 anos, usaram a internet e foram ativos nas redes sociais em 2018 no país. O estudo também revelou que 86% da população brasileira dessa faixa etária era usuária de internet.
Tendência dos e-commerces
Por conta desse cenário propício para vendas e também por causa da pandemia do coronavírus, os e-commerces se tornaram uma tendência. Pela internet, os pais compram para seus filhos os mais diversos produtos , como roupa, jogos, consoles, maquiagem infantil e muito mais.
Para chamar a atenção desses consumidores e conseguir manter a competitividade com os concorrentes, é importante que os e-commerces invistam em mecanismos diferenciados de pagamentos (como o Apple Pay), entregas rápidas, lojas com sites interativos, além de fácil acesso a produtos através de dispositivos móveis.
Mas investir no mercado infantil precisa mais do que uma boa pesquisa de mercado e dinheiro em caixa, também exige vocação, visto que é necessário ter paciência para lidar com os pequenos.
Crescimento na pandemia
Mesmo durante a pandemia do coronavírus, o mercado infantil vem crescendo. De acordo com a consultora Tati Ganme, o setor se mostrou como um dos mais resilientes neste momento porque as crianças crescem e perdem roupa com facilidade, e como passaram mais tempo em casa com pais e familiares, tornaram-se o centro das atenções dos adultos.
Já no caso de lojas infantis de brinquedos, as vendas registraram um aumento de 434,70% no período de março a abril de 2020, segundo um estudo realizado pela Associação Brasileira de Comércio Eletrônico e a Konduto.
Quem influencia o público infantil
Com um mundo tão conectado, essa geração é influenciada pela internet . Canais do YouTube que investem no público infantojuvenil são os mais bem-sucedidos do país.
Entre os 10 canais mais acessados da plataforma no Brasil em 2021, estão o da Galinha Pintadinha, Whindersson Nunes, Felipe Netto, Lucas Netto, além de canais de curiosidades e games voltados para crianças e adolescentes.
Há especialistas que criticam o uso de internet por crianças. No entanto, a pesquisa TIC Kids Online Brasil apontou que o acesso desse público às redes sociais traz uma série de benefícios, entre eles: acesso à informação, valorização das identidades e também manutenção de relações.
As redes sociais também exercitam a autonomia e a criatividade das crianças, facilitam o diálogo delas com o mundo e ainda as ajudam a interagir e aprender.
Fonte:https://cndl.org.br/varejosa/consumidor-infantil-ajuda-a-movimentar-a-economia-brasileira/