A busca por crédito no país caiu ‐7,33% em abril de 2025 em relação a abril de 2024. Na passagem de março para abril, o número de consultas cresceu 16,01%. É o que mostra o Indicador de Demanda por Crédito da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). |
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“O alto nível de inadimplência atua como um fator limitante para concessão de crédito pelas instituições financeiras, o que gera um ciclo de crédito mais restritivo. Mesmo com o aumento da renda e a queda do desemprego, o passivo acumulado durante períodos anteriores de crise ainda impacta negativamente a capacidade de tomada de novos empréstimos”, destaca o presidente da CNDL, José César da Costa. Analisando o perfil do consumidor que buscou crédito no Brasil em abril, nota‐se que o público predominante é o masculino, com participação de 53,25%. Na abertura por faixa etária, o público com participação mais expressiva foi de 40 a 49 anos, que representou 24,67% do total. |
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O indicador aponta que, do público consultado, 1,74% contrataram algum serviço de crédito. Os dados mostram que desse público, 86,36% contrataram Empréstimo e 11,04% Financiamento, totalizando 97,40%. Lembramos que um mesmo CPF pode contratar mais de um produto. |
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Observando a abertura por grupos financeiros que realizaram consultas em abril, o grupo com participação mais expressiva no Brasil foi Intermediação monetária depósitos à vista (34,01%), seguido por Atividades auxiliares dos serviços financeiros (24,28%), que totalizam 58,29% das consultas. No momento da consulta, 34,76% dos consumidores possuíam alguma restrição ativa. “Apesar da alta mensal de 16,01% de março para abril, a retração anual de 7,33% na demanda por crédito reflete um comportamento conservador por parte dos consumidores. Isso está alinhado com o atual ambiente de juros elevados e com o aumento do IOF sobre asoperações de crédito, o que encarece ainda mais o custo total dos financiamentos. O ciclo de crédito no Brasil permanece em compasso de espera — travado entre a necessidade de acesso ao financiamento e um ambiente macroeconômico desfavorável”, alerta o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior. |
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Abrindo os resultados por região, o Sudeste apresentou a maior participação no número de consultas em abril, com 45,61%, seguido pelo Nordeste (21,24%), Sul (18,60%), Centro‐Oeste (8,18%) e Norte (6,36%). |
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