Arcelor Mittal encerra atividades de algumas áreas e demite 85 funcionários em Resende e Barra Mansa

Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense, Silvio Campos, na quarta-feira, 2, um dia depois do Dia do Trabalhador, 1º de maio, ele foi surpreendido com uma ação inesperada da Arcelor Mittal. É que a empresa anunciou o encerramento de atividades em algumas áreas e a demissão de 85 funcionários, sendo 45 em Resende e 40 em Barra Mansa.

Silvio Campos informou que, a informação só chegou ao conhecimento do Sindicato através dos próprios trabalhadores. A empresa, segundo o sindicalista, sequer teve consideração  e o respeito  de negociar com a direção da entidade sindical para buscar uma saúda que evitasse as demissões. Campos lembrou que, assim que chegou à região, durante  reunião de apresentação, a empresa afirmou em seu discurso que iria investir  na estrutura, não desativando áreas e nem tampouco demitir trabalhadores. A frase de impacto, de acordo com Silvio, foi “viemos para produzir”.

Reunião solicitada

Conforme destacou o presidente, foi diante da situação que o Sindicato solicitou imediatamente uma reunião com direção da empresa, cobrando explicações  da atitude unilateral, que ocasionou mais as 85 demissões. Em resposta, de acordo com Silvio Campos, a empresa explicou que  teve de encerrar algumas atividades devido à determinação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que é um órgão do governo, para evitar o monopólio da empresa. “Solicitamos ao representante da empresa um pacote de benefícios aos demitidos, como seis meses de plano de saúde, seis meses de cesta básica e o valor de quatro meses de salários, e que estancasse, imediatamente, as demissões”, destacou Silvio Campos, ressaltando que a direção da empresa ficou de analisar o pedido e dar uma resposta ainda nesta quinta-feira, 3, mas até o fechamento desta nota a resposta não havia chegado ao Sindicato.

Os 85 trabalhadores demitidos atuavam em algumas linhas de produção, no setor de acabamento, tanto na empresa em Resende quanto em Barra Mansa. O diretor Almir Paulino informou que, algumas linhas de produção foram encerradas por determinação do Cade. O conselho tem como função principal orientar, fiscalizar, prevenir e apurar abusos do poder econômico. Seria uma ma espécie de controle da concorrência no sistema financeiro. “Vamos aguardar uma resposta da empresa, mas já adiantamos que não vamos tolerar mais demissões. Estamos acompanhando de perto todo o desenrolar dessa situação”, concluiu Campos.

Fonte: A Voz da Cidade

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