Mais de 40% dos brasileiros buscam flexibilidade no trabalho

Estudo foi realizado em 16 países; para integrador digital e treinador de líderes, percentual é puxado por pessoas que buscam liberdade e renda extra com um segundo trabalho

Os modelos de trabalho remoto e híbrido, que foram incorporados à rotina profissional dos brasileiros desde a eclosão da pandemia de Covid-19, tornaram-se os preferidos para grande parte dos profissionais. Segundo uma pesquisa realizada pela consultoria Mercer, 43% dos entrevistados buscam mais flexibilidade no trabalho. O percentual ainda está abaixo do resultado global, no qual 60% dos participantes almejam mais flexibilidade.

Para 74% dos profissionais, os empreendimentos onde atuam seriam mais bem-sucedidos se investissem no teletrabalho ou no modelo semipresencial. Além disso, 80% acreditam que o trabalho em equipe rende mais quando alguns integrantes atuam no escritório e outros em casa. Aliás, para 43% dos participantes, a conexão com os colegas é maior em home-office. O levantamento coletou dados de cidadãos de 16 países.

Para Denis Macedo, integrador digital e treinador de líderes, os dados demonstram que o trabalho remoto veio para ficar. “A sensação de se sentir livre com horários é almejada pelos brasileiros devido a várias obrigações e demandas que se tem na vida. Assim, a possibilidade de ter uma remuneração e, ao mesmo tempo, poder levar e buscar o filho na escola, fazer uma viagem ou resolver quaisquer outras coisas enquanto trabalha, sem ter que gastar com transporte e deslocamento é, com certeza, algo desejado”.

Além disso, acrescenta, o trabalho remoto ou híbrido tem sido preferido pelos profissionais de hoje em dia porque oferece a flexibilidade para uma renda complementar focada nas redes sociais, por exemplo, desde que seja compatível com a carga horária tradicional.

Segundo um balanço recente conduzido pelo Instituto Real Time Big Data, 48% dos mil brasileiros entrevistados buscam renda extra. O fenômeno é motivado por elementos como a alta de 11,89% da inflação nos últimos 12 meses, detectada pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), calculado desde dezembro de 1973 pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

“Hoje, há possibilidades que não existiam antes. Com a tecnologia e a internet, podemos nos comunicar em segundos com uma pessoa que está em outra cidade ou até do outro lado do mundo”, diz Macedo. “Com isso, quem busca qualidade de vida prefere um trabalho que forneça flexibilidade, seja como uma ocupação principal no digital, ou como renda extra, complementando seus ganhos do conforto de casa, ou de qualquer lugar”, completa.

O integrador digital e treinador de líderes ressalta que, apesar das facilidades do trabalho digital, é necessário atuar com constância e disciplina para conciliar a flexibilidade com um bom desempenho. “Compromisso é a peça-chave para avançar cada vez mais e obter os resultados almejados, financeiros, profissionais e para todas as áreas da vida”.

Fonte: https://cndl.org.br/varejosa/mais-de-40-dos-brasileiros-buscam-flexibilidade-no-trabalho/

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