Levantamento da Forrester mostrou essa e outras tendências para o mercado varejista
A Forrester, empresa norte-americana que presta assessoria sobre o impacto existente e potencial da tecnologia para seus clientes e o público, trouxe um levantamento projetando as inúmeras tendências em inovação para o mercado de varejo global.
Segundo a pesquisa, uma das grandes tendências para o futuro na área é o investimento cada vez maior na relação das empresas e marketplaces com os clientes, a partir de soluções inteligentes que tornam essa experiência mais produtiva e sem os receios que muitas pessoas ainda têm sobre a compra online.
A IRRAH, empresa que desenvolve soluções tecnológicas para o setor varejista, teve acesso aos dados durante a NRF 2024, importante evento nos Estados Unidos que trouxe as principais tendências relativas ao comportamento do consumidor e das empresas no setor de varejo. Segundo o CEO da empresa, Cesar Baleco, o fato do varejo online estar em destaque é devido, em boa medida, ao cenário pós-pandemia que trouxe um aumento nas vendas online, uma tendência que não apenas persistirá, mas continuará a crescer e a ganhar cada vez mais relevância.
“A conveniência e as mudanças nos hábitos de compra continuam impulsionando o comércio eletrônico, levando as empresas a investirem cada vez mais nesse canal”, explica Cesar Baleco, CEO da Irrah, presente no evento.
À medida que as taxas de inflação melhoram em muitas partes do mundo, fatores como o aumento da riqueza e do emprego continuam impulsionando o consumo. No entanto, para os consumidores menos abastados, os níveis de confiança são mais baixos, e as empresas precisam ajustar suas estratégias para reforçar essa confiabilidade, mostrando que o varejo online é de fato um ambiente seguro para compras.
Assim, não apenas para clientes mais cautelosos, mas de maneira geral, a personalização através da habilidade de oferecer produtos e serviços continua como uma prioridade para conquistar a fidelidade do cliente. Isso acontece por meio da integração de dados para obter uma visão abrangente do cliente, possibilitando atender às suas expectativas e proporcionar experiências mais relevantes.
Também podemos destacar a inteligência artificial generativa, um sistema de IA capaz de gerar texto, imagens ou outras mídias em resposta a solicitações em linguagem comum, como uma área promissora para inovações futuras no varejo. Isso se reflete na exploração omnichannel e na maneira como as empresas se posicionam e se comunicam com os consumidores, tanto online quanto offline.
De acordo com a análise da Forrester, 35% das empresas estão utilizando essas tecnologias para resumir textos, transcrever informações e gerar insights. Os chatbots, tanto para consumidores quanto para funcionários, representam 31% da implementação, enquanto a geração de imagens e conteúdo de marketing atinge 24% e 8%, respectivamente.
Outro ponto destacado é que o futuro do varejo online internacional apresenta desafios e oportunidades significativas, conforme demonstrado pelos aprendizados nos EUA.
Os marketplaces continuam dominando o cenário do comércio eletrônico, tornando-se o principal canal para empresas menores que ainda precisam de recursos para criar e gerenciar suas próprias plataformas de e-commerce.
Enquanto isso, grandes varejistas e marcas resistem a negociar por meio dessas plataformas devido à falta de controle sobre suas operações, enquanto os consumidores expressam preferência por um serviço de qualidade, independentemente do canal de compra.
Além disso, a dinâmica do setor também foi impactada pelos principais players chineses, que elevaram o custo de fazer negócios devido à sua escala e capacidade de competir em preços. Nesse contexto, a mídia de varejo surgiu como uma maneira para os varejistas gerarem lucro em um ambiente digital altamente competitivo. No entanto, à exceção de gigantes como Amazon e Alibaba, poucos conseguiram alcançar um sucesso significativo nesse novo campo.
“Dessa forma, é esperado que o futuro do comércio eletrônico internacional seja marcado por uma grande evolução tecnológica, com grande expectativa na direção da IA e da mídia de varejo, especialmente se os custos puderem ser controlados e as pequenas empresas puderem encontrar espaço para crescer em um mercado dominado por grandes conglomerados”, analisa Cesar Baleco.
Fonte: https://cndl.org.br/varejosa/segundo-levantamento-35-das-empresas-de-varejo-usam-ia/?city=brasil